O que o Rock in Rio pode ensinar para a estratégia de marca das empresas?

O maior festival de música de todos os tempos pode ensinar muito com relação às estratégias de marca a serem adotadas pela sua empresa. Lançado há 37 anos, pelo empresário Roberto Medina, ao longo deste período, o Rock in Rio se tornou umas das marcas mais emblemáticas da América Latina, além de uma plataforma que reúne inúmeras experiências.

A BBCom separou algumas atitudes desta marca que merecem atenção e podem ser tomadas como exemplo para a criação de estratégias da sua empresa. Afinal vale a pena ficar atento a essa marca que já trouxe para os palcos do evento mais de 10 milhões de pessoas. Confira abaixo.

Ouve muito bem o público

Após passar por experiências negativas em edições iniciais, o Rock in Rio aprendeu a ouvir muito bem o seu público e aposta na pluralidade. Quem não lembra da fatídica saída de Lobão dos palcos, em 1991, com latas voando da plateia?

A noite não foi muito bem planejada pela produção do Festival, que reuniu do metal pesado ao samba. Mas, antes, na 1ª edição do Festival, em 1985, Erasmo Carlos já tinha sido alvo das vaias dos metaleiros.

Nas outras edições, até 2011, um ou outro artista, acabou sendo mal recebido com vaias vindas da plateia. Episódios desagradáveis assim deixaram de ocorrer na Cidade do Rock desde 2013. Mas qual foi a atitude tomada pela marca?

Escutar o seu público e contar com o digital para fazer isso. O resultado foi a abertura de espaço para o funk e pagode nesta última edição, com a criação de um palco especialmente montado para o funk, o Espaço Favela.

Marca se consolidou e se mantém viva há 37 anos

Em 1985, quando o Rock in Rio surgiu, não era comum que eventos apostassem num modelo de negócios que se basearia em patrocínios e parcerias. A diferença é que as marcas são parte do show nesse Festival. Muito mais do que ficarem expostas, elas oferecem experiências aos usuários e isso permitiu uma conexão emocional com a marca que se tornou atemporal.

E aqui, não podemos deixar de registrar a publicidade feita pelo vocalista do Coldplay, Chris Martin, nessa edição de 2022 do Festival, quando apareceu no show usando um chapéu do Itaú, o mesmo que é distribuído ao público como brinde.

Muito mais do que patrocínio, propor experiências

Muito mais do que parcerias e patrocínios, o Rock in Rio apostou em oferecer experiências para o seu público. Em 2001, com a construção de uma nova Cidade do Rock com capacidade para 250 mil pessoas, com palcos principais e alternativos abrindo espaço para a música eletrônica, música nacional, música africana e pop music.

A partir da quarta edição, o Festival ganhou também um parque de diversões, com direito a roda-gigante, de 28 metros de altura, montanha-russa e tirolesa. Nessa edição de 2022 apostou em experiência metaverso, universo digital que pode ser acessado por qualquer pessoa com acesso à internet.

Em parceria com a Coca-Cola, lançou o Rock in Verse, que aconteceu dentro da ilha do Fortnite, um dos games mais jogados no mundo, com 12 espaços inspirados na Cidade do Rock.

Invista em buzzmarketing

Em 2004, o Rock in Rio atravessa as fronteiras do Rio de Janeiro, com a primeira edição do Festival em Lisboa, Portugal. Ainda foram realizadas edições na Espanha e Estados Unidos.

E desde o seu início, o Rock in Rio aposta num conceito de buzz marketing, em que se concentra em captar a atenção do público-alvo e fazer com que ele fale sobre uma campanha ou produto. São usados gatilhos mentais e emocionais para colocar a marca na boca do povo.

O Rock in Rio atua com algumas estratégias dentro desse conceito. Uma delas é a antecipação, com a divulgação das atrações que acabam sendo feitas muito antes da liberação da venda dos ingressos. Isso gera ansiedade no público e, consequentemente, felicidade antes mesmo que a ocasião ocorra.

O Festival ainda incentiva o seu público a produzir conteúdo sobre sua ida ao evento em suas redes sociais, e isso faz gerar ainda mais o desejo na rede de amigos de ir à Cidade do Rock. Isso amplia a comunicação orgânica do evento, que acaba sendo trabalhada também por meio de parcerias.

E então? Qual dessas estratégias de marca podemos adotar juntos para a sua empresa? Consulte os especialistas da BBCom.